Japão estuda a necessidade de enterrar usina nuclear

Japão estuda a necessidade de enterrar usina nuclear
Março, 18 – 18:20


Os engenheiros japoneses admitiram nesta sexta-feira que enterrar a usina nuclear danificada com areia e concreto podem ser a única maneira de evitar uma liberação catastrófica de radiação. Este método foi usado para selar vazamentos de Chernobyl em 1986. Autoridades disseram que ainda esperavam para fixar um cabo de alimentação elétrica a pelo menos dois reatores para poder reiniciar as bombas de água necessárias para resfriar o superaquecimento das barras de combustível nuclear. Os trabalhadores também pulverizaram água no reactor n º 3, um dos mais críticos.

Foi a primeira vez que o operador da instalação reconheceu que enterrar o imenso complexo era uma opção, um sinal de que as ações conjuntas, tais como despejamento água por helicópteros militares estavam tendo pouco sucesso.
 “Não é impossível encerrar os reatores em concreto. Mas a nossa prioridade agora é tentar e resfriar os reservatórios” disse um funcionário  da Tokyo Electric Power Co, em entrevista coletiva.

O Japão entrou na sua segunda semana após o terremoto de magnitude 9,0 e  tsunami de 10 metros que destruíram cidades costeiras e mataram milhares de pessoas, e considerada  pior crise nuclear do mundo desde Chernobyl parecia longe de terminar.

Milhões de pessoas em Tóquio permaneceram dentro de suas casas na sexta-feira, temendo uma explosão de material radioativo do complexo, a 240 km ao norte, embora os ventos predominantes provavelmente levaram a fumaça contaminada ou vapor para o Oceano Pacífico .

A radiação não representa um risco imediato para a saúde humana fora da vizinhança da usina, disse Michael O’Leary, o representante da Organização Mundial de Saúde na China.

“Neste momento, ainda não há provas de que houve propagação da radiação significativa para além da zona de evacuação”, O’Leary disse a repórteres em Pequim.

O desastre nuclear do Japão provocou alarme mundial e revisões de segurança em usinas nucleares ao redor do mundo.
O presidente Barack Obama, destacou que os Estados Unidos não esperavam radiações nocivas atingindo território americano, e disse ter ordenado uma revisão abrangente das  centrais nucleares nos EUA e prometeu apoio de Washington para o Japão..