Fissão nuclear: Reação nuclear que consiste na ruptura do núcleo pesado de um átomo (geralmente de urânio) em dois átomos menores por meio do choque de nêutrons. Essa ruptura é responsável pela emissão de energia que esquenta a água do sistema de refrigeração, utilizada para gerar o vapor (energia térmica) que gira uma turbina, produzindo eletricidade. É o processo que acontece nas usinas nucleares para geração de energia. A grande vantagem da energia nuclear é que apenas 10 gramas de urânio, um combustível nuclear, equivalem a 1,2 tonelada de carvão mineral, utilizado em usinas termoelétricas.
Reator nuclear: Local onde acontece a fissão nuclear em cadeia para geração de energia térmica. Existem vários tipos de reatores. Um dos mais utilizados é o reator a água em ebulição. É o tipo presente na usina japonesa de Fukushima, onde a situação é mais grave.
Reator a água em ebulição: O calor liberado durante a fissão nuclear serve para ferver a água do sistema de refrigeração. O calor gira uma turbina que transforma a energia térmica em eletricidade.
Varetas de combustível: Estrutura cilíndrica que contém o combustível nuclear (normalmente urânio), disposto em pastilhas submersas no sistema de refrigeração primário. É um recipiente hermético que abriga o combustível nuclear. Impede a saída dos produtos da fissão nuclear e garante a resistência mecânica que assegura a integridade do combustível. É a primeira barreira a impedir o escape do material radioativo.Barras de controle: São estruturas que passam através das varetas de combustível para controlar a fissão nuclear em cadeia. Quando as barras de controle estão totalmente para fora, o reator está trabalhando no máximo da capacidade para gerar energia térmica. Quando estão totalmente dentro, significa que o reator está 'parado' (não há reação nuclear em cadeia).
Vaso de controle: As varetas de combustível são colocadas dentro de um grande vaso de aço com paredes de cerca de 30 centímetros. Ele é montado sobre uma estrutura de concreto, com cerca de cinco metros de espessura na base. O vaso de controle é a segunda barreira física para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente.
Contenção: Grande 'carcaça' de aço usada para abrigar o vaso de controle e o gerador de vapor. É construída para manter contidos os gases ou vapores possíveis de serem liberados durante a operação do reator. É a terceira barreira para impedir que material radioativo seja lançado ao meio ambiente.
Edifício do reator: Último envoltório, de concreto, revestindo a contenção. É a quarta barreira que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente e, além disso, protege contra impactos externos (queda de aviões e explosões).
Circuito de refrigeração externo: É o circuito de água que parte de uma fonte natural (rio, represa, lago, mar) para condensar o vapor de água depois que ele movimenta a turbina (semelhante às usinas termoelétricas de carvão e gás). Essa água nunca entra em contato com o combustível nuclear. Ela volta ao rio, represa ou mar, a uma temperatura ligeiramente superior à inicial.
Circuito de refrigeração primário: Sistema em que circula o fluido de refrigeração (composto em grande parte por água) de um reator nuclear. É o circuito que está em contato direto com as varetas de combustível, extraindo o calor gerado pela fissão nuclear, para se transformar em vapor e incidir sobre a turbina e produzir eletricidade.
Derretimento: Dano grave ao núcleo do reator nuclear, causado por superaquecimento. O derretimento do núcleo ocorre quando uma falha severa do sistema de refrigeração impede o resfriamento apropriado do combustível nuclear. Sem refrigeração, as varetas de combustível nuclear esquentam até derreter. A situação é considerada grave porque há risco de vazamento do material radioativo (o combustível nuclear). Além disso, o derretimento faz com que o núcleo do reator fique instável podendo ocorrer explosões.
Sievert (Sv): É a unidade que mede os efeitos biológicos da radiação - os efeitos físicos são medidos por outra unidade, chamada gray (Gy). A dose de radiação no tecido humano, em Sv, é encontrada pela multiplicação da dose medida em gray por outros fatores que dependem do tipo de radiação, parte do corpo atingida, tempo e intensidade de exposição.
Fonte: El País / Comissão Nacional de Energia Nuclear / Eletronuclear
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